Feridas e Cicatrização

As feridas surgem quando há uma alteração na pele, que pode ser causada por traumas, cirurgias ou escoriações. Essa alteração faz com que o corpo reaja e comece o processo de cicatrização.

Uma cicatrização adequada é fundamental, pois ajuda a restaurar a pele e previne complicações, como infecções e cicatrizes indesejadas. O processo de cicatrização envolve o fechamento das feridas e a reparação dos tecidos, que resulta na formação de uma cicatriz.

Fonte: Site shutterstock

As cicatrizes são formadas por um tecido específico durante a cicatrização, que contém fibras de colágeno que conferem resistência. No entanto, as feridas cicatrizadas não alcançam a mesma resistência do tecido original.

Como ocorre a cicatrização?

A cicatrização é um processo biológico complexo que passa por três fases: inflamatória, proliferativa e de maturação. Esse processo começa imediatamente após a lesão e pode levar anos em casos de cicatrizes problemáticas, como queloides.

  1. Fase Inflamatória: Começa no momento da lesão e dura cerca de três dias. Um coágulo se forma para proteger a ferida, e substâncias são liberadas, aumentando o fluxo sanguíneo;
  2. Fase Proliferativa: Nesta fase, as células se movem para formar novos tecidos;
  3. Fase de Maturação: Ocorre a remodelação do tecido, resultando em uma pele mais forte e uniforme.

Cada fase é influenciada por fatores como idade, medicamentos, doenças existentes e cuidados pós-operatórios. Ajustar esses fatores pode ajudar na cicatrização e minimizar cicatrizes problemáticas.

Complicações no pós-operatório

O processo de cicatrização pode enfrentar complicações que interferem na recuperação. Identificar e tratar essas complicações é crucial para melhorar os resultados. As principais complicações incluem:

  • Infecções: São comuns e podem atrasar a cicatrização. A contaminação bacteriana provoca inflamação prolongada e danifica o novo tecido;
  • Deiscência de Ferida: É a separação das bordas da ferida após a cirurgia, causada por suturas inadequadas ou estresse excessivo. Isso pode atrasar a cicatrização e aumentar o risco de cicatrizes problemáticas;
  • Cicatrizes Hipertróficas e Queloides: Essas cicatrizes surgem quando há uma produção excessiva de tecido cicatricial, muitas vezes ultrapassando a área original da ferida. São mais comuns em pessoas com pele mais escura.
Foto de um ombro de uma pessoa negra, que possui uma cicatriz um queloide.

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Outros fatores, como diabetes, desnutrição e uso de certos medicamentos, também podem atrasar a cicatrização. Além disso, a falta de suprimento sanguíneo adequado pode causar necrose, o que piora o processo de cicatrização e aumenta o risco de infecção.

Evite complicações na cicatrização

O sucesso da cicatrização depende de boas técnicas cirúrgicas, materiais adequados e um pós-operatório cuidadoso. Isso inclui manter a ferida em um ambiente úmido e com curativo ocluído, além de usar antibióticos somente quando necessário.

É importante receber orientações claras sobre como cuidar das feridas. Isso envolve receber informações necessárias para os cuidados locais, entender a importância de uma dieta equilibrada e estar atento a sinais que possam indicar problemas. Uma boa comunicação e o envolvimento ativo do paciente no próprio cuidado são fundamentais para prevenir complicações e garantir uma cicatrização eficaz.

Um estomaterapeuta pode ser um grande aliado nesse processo. Esse profissional é especializado em feridas e sabe como avaliar e orientar sobre os melhores curativos e tecnologias, como o uso de laser, que ajudam a acelerar a cicatrização. Além disso, ele atua na prevenção de infecções e de cicatrizes hipertróficas e queloides, reduzindo assim os riscos de complicações.

Imagem de um pescoço com cicatrizes, com curativos acima do local para amenizar a cicatriz.

FONTE: Site gettyimages

Por isso, busque a orientação de um estomaterapeuta para garantir uma recuperação saudável e os melhores resultados.http://ola

Referências

Tazima MFGS, Vicente YAMVA, Moriya T. Biologia da ferida e cicatrização. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 259-64.

Zucolotto TE, Silva DI da, Cruz DS, Silva PIGJ, Gerônimo RMP, Silva da Costa LC. Brazilian Journal of Health Review. 2023;6(6):31210-20.

Geovanini T. Tratado de feridas e curativos: enfoque multiprofissional. 2ª ed. São Paulo: Livraria Unitec; 2022. Cap. 23, p. 119 – 127.

Medeiros AC, Dantas Filho AM. Cicatrização das feridas cirúrgicas. J Surg Cl Res. 2016;7(2):87-102.

Uma resposta para “Desafios na cicatrização de feridas após cirurgias”

  1. Avatar de zoritoler imol

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Olá, sou Lisliane

Enfermeira pela USP, com especialização em saúde do adulto e do idoso pela USP e estomaterapeuta com habilitação em laserterapia. Atuo no tratamento avançado de lesões, estomias e na reabilitação de pessoas com incontinência fecal e urinária

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