A incontinência urinária (IU) é uma doença que afeta principalmente as mulheres, trazendo impactos significativos na qualidade de vida e no bem-estar emocional 1. Esta condição, caracterizada pela perda involuntária de urina, pode variar de episódios leves e ocasionais a problemas mais graves e persistentes.

Imagem de um desenho com 3 figuras, todas com a mesma personagem, que está de coque, blusa branca e calça marrom. A primeira imagem mostra a mulher tossindo e apresenta escape da urina. Na segunda figura mostra a mulher se cotraindo para segurar o xixi e apresenta perda de urina e a última imagem representa ela ao se abaixar para pegar uma caixa e apresenta perda de urina.

Fonte: Maryworks – Incontinência urinária – períneo feminino

A incontinência urinária não é apenas uma questão física, mas também social e psicológica, influenciando a autoestima, a vida social e a atividade diária das mulheres afetadas 2. A IU apresenta uma série de desafios que podem afetar significativamente a vida cotidiana e o bem-estar emocional das mulheres. Entre os principais desafios estão:

Convivência com o Estigma Social: A incontinência urinária ainda é um assunto tabu para muitas pessoas, levando as mulheres a sentirem vergonha ou constrangimento em falar sobre o problema. Esse estigma pode levar ao isolamento social e à diminuição da participação em atividades sociais e comunitárias3.

Limitações em Atividades Físicas: A prática de exercícios físicos e esportes pode se tornar um desafio devido ao medo de vazamentos. Atividades que envolvem saltos, corridas ou esforço abdominal são particularmente problemáticas, levando muitas mulheres a evitarem exercícios importantes para a saúde4.

Custos Financeiros: O gerenciamento da incontinência urinária pode ser dispendioso. O custo de produtos absorventes, medicamentos, tratamentos médicos e possíveis cirurgias pode representar uma carga financeira significativa para as mulheres afetadas 5.

Fonte: SOBEST – Incontinência Urinária na pessoa idosa

Desafios Emocionais: Além da ansiedade e da depressão, as mulheres com incontinência urinária podem experimentar sentimentos de frustração, raiva e impotência6.

Superar esses desafios requer uma abordagem abrangente e integrada. É fundamental que as mulheres busquem ajuda médica para obter diagnósticos precisos e tratamentos eficazes. Além disso, o apoio emocional e psicológico desempenha um papel crucial em ajudar as mulheres a lidar com os aspectos sociais e emocionais da incontinência. A conscientização pública e a redução do estigma em torno da incontinência urinária também são passos essenciais para criar um ambiente de apoio e compreensão.

Com estratégias de enfrentamento adequadas, como exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, mudanças no estilo de vida, uso de produtos apropriados e acesso a tratamento do médico, do fisioterapeuta ou do estomaterapeuta, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida das mulheres que convivem com a incontinência urinária. A chave está em não enfrentar essa jornada sozinha, mas sim buscar e aceitar o suporte necessário para viver de maneira plena e confiante, com melhor qualidade de vida.

Referências

1- Alves AC, Ferreira DCC, Lima MF, Coimbra KA, Vaz CT. Prevalência de incontinência urinária, impacto na qualidade de vida e fatores associados em usuárias de Unidades de Atenção Primária à Saúde. Fisioter. Mov. 2022;35(Ed Esp):e35604.0

2- Reigota RB, Pedro AO, Machado VSS, Costa-Paiva L, Pinto-Neto AM. Prevalence of urinary incontinence and its association with multimorbidity in women aged 50 years or older: A populationbased study. Neurourol Urodyn. 2016;35(1):62-8.

3- Siddiqui NY, Levin PJ, Phadtare A, Pietrobon R, Ammarell N. Perceptions about female urinary incontinence: a systematic review. Int Urogynecol J. 2014;25(7):863-71.

4- Faria CA, Moraes JRD, Monnerat BRD, Verediano KA, Hawerroth PAMM, Fonseca SC. Impacto do tipo de incontinência urinária sobre a qualidade de vida de usuárias do Sistema Único de Saúde no Sudeste do Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2015;37(8):374-80.

5- Araujo GTB. O custo da incontinência urinária no Brasil- Experiência do serviço de Uroginecologia da UNIFESP [dissertação]. São Paulo: Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo; 2009.

6- Saboia DM, Firmiano MLV, Bezerra K de C, Vasconcelos Neto JA, Oriá MOB, Vasconcelos CTM. Impacto dos tipos de incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres. Rev esc enferm USP. 2017;51:e03266.

9 respostas para “Impacto da incontinência urinária na qualidade de vida das mulheres”

  1. […] incontinência urinária persistente é diagnosticada quando a perda involuntária de urina não é atribuível a […]

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Olá, sou Lisliane

Enfermeira pela USP, com especialização em saúde do adulto e do idoso pela USP e estomaterapeuta com habilitação em laserterapia. Atuo no tratamento avançado de lesões, estomias e na reabilitação de pessoas com incontinência fecal e urinária

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